Maior parte dos casos ocorre no ambiente familiar da vítima
O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado hoje (18), expõe a necessidade do poder público e da sociedade em formular medidas concretas de proteção a esse grupo, além de propor o enfrentamento mais duro dos casos de agressões.
Somente o Disque 100, um canal do governo federal que atende denúncias de violações dos direitos humanos, tem registrado uma média de 20 mil ocorrências de abusos e explorações sexuais contra crianças e adolescentes no Brasil por ano.
Os indicadores mostram que mais de 70% dos casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes são praticados por pessoas próximas ou pertencentes ao círculo de convivência social da vítima, como pais, mães, padrastos ou outros parentes. Por mais de 70% dos registros, a violência foi cometida na casa do abusador ou da vítima.
Ensinar e orientar as crianças
Para Adriana Faria, especialista em Políticas Públicas para Crianças e Adolescentes e que respondeu pela formulação de ações para o governo do Distrito Federal, as crianças, em boa parte dos casos, não têm noção do que é o abuso sexual.
“Aquilo incomoda, ela geralmente sabe que aquilo é errado, mas não necessariamente que é um abuso sexual que precisa ser denunciado. A gente precisa criar mecanismos para que elas conheçam o próprio corpo, saibam proteger o próprio corpo e saibam identificar que tem algo de errado e como elas podem buscar ajuda, justamente porque muitas vezes acontece dentro de casa e não dá para procurar nem pai, nem mãe. Tem que saber procurador um professor na escola, ou um conselho tutelar”, explica.
Denúncia – Como fazer:
As denúncias de abuso ou exploração podem ser feitas de foram anônima para o Disque 100 (basta ligar 100) ou para o Conselho Tutelar de Sorocaba, pelo número (015) 3235-1212.